quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Viva com Paixão – 22 Setembro 2010

A dor é inevitável… O Sofrimento é Opcional!

A história desta semana:

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Quando alguém que nos é querido tem um comportamento inesperado e nos magoa isso provoca Dor. O comportamento dessa pessoa é algo absolutamente incontrolável assim como a nossa emoção em relação ao mesmo.
O sofrimento, no entanto, resulta de uma estratégia mental que visa intensificar ou prolongar a sensação de dor. Por motivos mais evidentes outros menos, por vício (repetição) ou outro ganho secundário, optamos por aumentar ou prolongar essa sensação de dor. Isso exige que dentro da nossa cabeça desenvolvamos estratégias intensificadoras desse acontecimento.
O sofrimento decorre habitualmente das MÁS perguntas que nós fazemos a nós próprios. Exemplo: Porque é que essa pessoa me fez isso? Porque é que me acontece sempre a mim? Porque é que eu não tenho sorte com os meus relacionamento?


De facto sentir sofrimento numa base regular é algo que exige "treino". Uma das estratégias mais comuns geradoras de sofrimento visa reduzirmos (com perguntas e afirmações erradas) o nosso universo a  algo que se relaciona com a dor em questão…  e já está! Estamos a sofrer e sem conseguir ver uma qualquer outra solução, senão a de desfrutar de uma dor que se arrasta… como se fosse tudo o que existisse no nosso universo.

A escolha é sempre nossa! 

As suas perguntas poderosas da semana:

1- Que grande "desafio" no passado contribuiu para uma característica positiva importante da minha personalidade actual?

2- Que maior desafio enfrento hoje?

3- Como esse desafio de hoje me poderá vir a ser útil já hoje ou no futuro próximo?


Hoje vou fazer diferente! 

Treine o seu pensamento – a recompensa é a sua vida.
(Este exercício tomará apenas 2 minutos. O seu sucesso pessoal vale 2 minutos por semana?)

E é por isso que esta semana vos conto a maravilhosa história:

O fardo

Era uma vez dois monges que passeavam pelo bosque de regresso ao seu mosteiro.
Quando chegaram perto de um rio, viram uma mulher a chorar de cócoras, na margem. Era jovem e muito bonita.
O que aconteceu? – perguntou o mais velho.

- Tenho a minha mãe a morrer. Está em casa sozinha, do outro lado do rio, e devido ao caudal do rio eu não consigo atravessa-lo.
Tentei – continuou a jovem choramingando – mas a corrente arrasta-me para a berma e não consigo passar para o outro lado sem ajuda. Mas agora…agora que chegaram os senhores, um dos dois podia ajudar-me a atravessar o forte caudal.


- Oxalá pudéssemos, lamentou o mais jovem Mas a única maneira de te ajudar seria colocar-te às costas e os nossos votos de castidade impedem-nos de tocar numa pessoa de sexo oposto. É proibido… Lamento muito.

- Eu também – disse a rapariga – e continuou a chorar.

O monge mais velho agachou-se e disse:

- Sobe.

A mulher nem queria acreditar, pegou nas suas trouxas e subiu para as costas do monge.

Com muita dificuldade o monge atravessou o rio, seguido pelo jovem.

Ao chegar ao outro lado, a rapariga ajoelhou-se com a intenção de beijar as mãos do monge mais velho.

Está bem, está bem - retirando as mãos – segue o teu caminho.

A rapariga inclinou-se com humildade e gratidão e correu para a sua aldeia.


Os monges, sem dizer uma palavra, retomaram o seu caminho até ao mosteiro. Ainda faltavam cerca de 10 horas de caminho.


Pouco antes de chegar o mais novo disse ao mais velho:

- Mestre, conheces melhor que eu o nosso voto de castidade. No entanto carregas-te nos teus ombros aquela mulher de um lado para outro do rio…


- Levei-a de um lado para outro do rio, é verdade. Mas o que se passa contigo que ainda a carregas na tua cabeça como um fardo?

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