quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Viva com Paixão – 18 Novembro 2009

Quanto vale o que Acredito?

Ontem pela manha decidi fazer mais uma corrida matinal, na minha preparação para um desafio entre amigos, a acontecer em Dezembro na corrida de São Silvestre de Lisboa.

No meio da minha corrida, junto ao Tejo, deparo-me com uma equipa de limpeza de uma esplanada. O olhar de uma funcionária despertou-me a atenção; é um olhar frio, imóvel,  distante, vazio e triste.
Registo o momento e sigo na minha missão do dia: 8 km em 50 minutos…
Mais à frente, um aparente bem sucedido executivo, com um luxuoso automóvel a olhar o Tejo… o mesmo olhar: frio, imóvel, distante e triste.
Foi inevitável a associação. Da associação, foi inevitável a questão:
- O que ambos fazem de igual, em mundos aparentemente tão diferentes? Que realidades as suas mentes criam nas suas cabeças naqueles momentos?
Em que é que cada um deles acredita naquele momento?


As convicções são algo essencial no resultado da nossa vida. "Nós somos o que acreditamos."
As convicções (crenças, aquilo em que acreditamos) que temos hoje foram as necessárias e fundamentais para nos fazer chegar onde estamos hoje. Seguramente não serão suficientes para chegar ao nosso amanhã…
O grande desafio de uma vida de sucesso é avaliar e identificar as convicções que nos são úteis a cada momento da nossa vida. E, ao preço justo, libertar-nos das que já não nos são úteis… (E este último é "O" desafio!)

Vigie as suas convicções e escolha todas as manhãs no que vai acreditar no seu dia!

As suas perguntas poderosas da semana:
Em que é que acredito hoje que não me potencia a atingir os resultados que verdadeiramente quero e mereço?
Do que é que acredito ser capaz? Onde "escolhi" colocar o meu limite?
Como me sinto em relação a tudo isto?
Que pequena acção posso tomar já hoje para me aproximar ainda mais do que Eu quero?

Treine o seu pensamento – a recompensa é a sua vida.
(Este exercício tomará apenas 2 minutos. O seu sucesso pessoal vale 2 minutos por semana?)

E é por isso que esta semana vos conto a maravilhosa história:

Nasrudin visita a India

O célebre e contraditório personagem sufi Mulla Nasrudin visitou a Índia.
Chegou a Calcutá e começou a passear por uma das suas movimentadas ruas.
De repente viu um homem que estava a vender o que Nasrudin acreditou que eram doces, ainda que na realidade fossem chiles apimentados.
Nasrudin era muito guloso e comprou uma grande quantidade dos supostos doces, dispondo-se a dar-se um grande banquete.

Estava muito contente, sentou-se num parque e começou a comer chiles às dentadas. Logo que mordeu o primeiro dos chiles sentiu fogo no paladar.
Eram tão apimentados aqueles "doces" que ficou com a ponta do nariz vermelha e começou a soltar lágrimas até os pés. Não obstante, Nasrudin continuava a levar os chiles à boca sem parar. Espirrava, chorava, fazia caretas de mal-estar, mas continuava a devorar os chiles.

Assombrado, um passante aproximou-se e disse-lhe:
-Amigo, não sabe que os chiles só se comem em pequenas quantidades?
Quase sem poder falar, Nasrudin comentou:
-Bom homem, creia-me, eu pensava que estava a comprar doces.
Mas Nasrudin seguia a comer chiles. O passante disse:

-Bom, está bem, mas agora que já sabes que não são doces… Por que continuas comendo-os?
Entre tosses e soluços, Nasrudin disse:
-Já que investi neles meu dinheiro, não estou disposto deitá-los fora.

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