quinta-feira, 23 de julho de 2009

Estar em Causa ou no Efeito

Esta pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável:

"Todos pensam em deixar um planeta melhor para os nossos filhos...
Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

5 comentários:

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  2. A nossa cultura reforça muito a dependência e a procura de aprovação como padrão de vida.
    A autoconfiança deve ser desenvolvida desde cedo, sustentada por sólidos valores.

    É importante que as crianças pensem por si, resolvam os problemas, tenham confiança na sua própria opinião. Ajuda-as a construir um arsenal de comportamentos autónomos para a vida, que lhes serão especialmente úteis em tempos de crise (resolver discussões, lidar com insultos, lutar pela sua honra, construir o seu próprio caminho).

    Cheios de boas intenções e querendo proteger os filhos do perigo, os pais alimentam a dependência e a necessidade de aprovação. E não reflectem devidamente sobre os valores que querem transmitir. A nossa tendência, enquanto pais, é demasiadamente próxima de tratar as crianças como bens materiais.

    “As vossas crianças não são as vossas crianças.
    São os filhos e filhas do desejo de Vida em si mesma.
    Chegam através de vós, mas não a partir de vós,
    E, apesar de estarem convosco, não vos pertencem, porém.”
    Kahlil Gibran, The Prophet

    É mais fácil de dizer do que colocar em prática. Devo dizer, no entanto, que os meus filhos me surpreendem todos os dias! Pelas histórias que tenho ouvido, o Capuchinho Vermelho e o Lobo Mau podem dizer o mesmo.

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  3. Deixar filhos melhores para o nosso planeta é sem duvida um dos grandes desafios de todos os Pais,ou..de quase todos.

    É minha opinião que na actualidade (e talvez tambem ja era assim no passado)temos varias "ordens" de Pais:

    (1) Os que se preocupam em cada momento em fazer muito bem com os filhos. Ser amigo, companheiro, mostrar de forma sensata e equilibrada o que é bom ou mau, dar-lhes força perante os desafios, nem que seja tao pequeno como abrir um pacote de gomas, dizer-lhe que vai conseguir e depois quando consegue, celebrar com ele. Levantar as 7 da manha quando ele pede para brincar depois de termos dormido apenas 4 horas. Mas dentro desta "ordem" de Pais exitem duas sub ordens: Os que tem muito tempo disponivel e os que tem pouco. Eu sou dos nao tenho muito. Mas nao sou por isso menos bom Pai, modestia a parte ate acho que sou Bom, pelo menos os sinais de reconhecimento do meu filho sao muitos.

    Temos depois os outros Pais.. Os que acordam os filhos aos gritos, os depositam a correr no colegio mais ou menos arrastados e os deixam a chorar sem complexos e por vezes sem pequeno almoço, por desleixo e nao por falta de condiçoes financeiras. Sei do que falo porque sou Director de uma IPSS onde tenho relatos frequentes destas situaçoes. Alguns Pais nunca assistiram a uma reuniao de Pais para saber como o filho esta a evoluir...!
    Depois a tarde/noite "recolhem" as crianças para que ja em casa possam assistir a DVDs de animaçao ate a hora do banho, seguido do Jantar e depois cama. Valor acrescentado? Pouco.

    E com alguns deles corre-se o risco de um dia virmos aencontra-los nos CAT(Centro Acolhimento Temporario)desta Instituiçao porque tiveram comportamentos desviantes e que tem que ser retirados as familias.
    Esta é uma realidade que so sendo conhecida por dentro conseguimos dar o valor. Crianças de 11 anos sao verdadeiros marginais e perigosos..

    Hoje o tema do tempo que temos disponivel para as crianças esta na ordem do dia. Mas acredito que o que importa nao é a quatidade mas sim a qualidade, nao tenho duvidas.

    Sei que com mais tempo poderiamos fazer melhor, mas se o nosso tempo de ausencia for aplicado em melhorarmos as nossas condiçoes profissionais e com isto tambem poder proprcionar melhores condiçoes de vida (materialmente mas em termos de formação) entendo que a relaçao custo / beneficio é vantajosa.

    Mas os desafios sao grandes. As solicitaçoes para o individualismo nas crianças sao muitas, a tentaçao da TV e das Playstation, sao muitas. Temos que voltar cada vez mais aos Puzles, aos Legos, a Bola de Futebol e as Barbies.

    Garanto que para nos é muito gratificante e eles valorizam!

    Diz-se que o Homem nasce puro a Sociedade é que o Corrompe. Acredito que em grande parte é assim.

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  4. Relembro a mensagem colocada em Junho pelo Capuchinho Vermelho sobre a importância de saber chegar a casa... (re)leiam que vale mesmo a pena!

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  5. Sra. Incrível
    Embora não aprecie particularmente este autor, cito o subtítulo do seu Livro "Porque Sim":
    "Os pais com maturidade sabem que os filhos não lhes pertencem".
    Daniel Sampaio
    Editorial Caminho

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