quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Viva com Paixão – 17 Novembro 2010

Acreditar no Amor?

A história desta semana:

Sempre que por qualquer motivo lhe falte tema para um jantar, fique a saber o seguinte: o mais eficaz desbloqueador de conversas e que dura uma refeição inteira já foi identificado: "Relacionamentos".
Como diz um poeta meu conhecido: "assim continuará a ser enquanto for um tema que ainda não está resolvido!"

Os relacionamentos nos dias de hoje são um desafio. Seja íntimos, familiares ou outros, manter relacionamentos hoje é um desafio. Os factores são variados e é possível que a geração a que pertenço tenha a responsabilidade de criar o novo modelo de relacionamento, onde cada indivíduo é único e o relacionamento é um caminho comum que se partilha. Uma espécie de terceiro caminho… Respeitar essas fronteiras e diferenças irá exigir seguramente um novo mind set. Vamos ver se estaremos à altura deste desafio ou se a solução ficará para a próxima geração.

Os relacionamentos que conhecemos até hoje, de um modo geral, pressupõe muitas vezes, implicitamente, que a felicidade de cada elemento da relação é da responsabilidade do parceiro.

Na minha visão, nada podia ser mais traiçoeiro. A felicidade de cada um pertence a nós mesmos.
A pergunta é: Que felicidade posso levar para a relação? em vez de: Que felicidade a relação me traz?

 As suas perguntas poderosas da semana:
O que hoje me faz sentir feliz?
Como posso, franca e abertamente, partilhar essa felicidade nos meus relacionamentos?
O que posso fazer ainda melhor para me sentir ainda mais feliz na minha relação?

 
Treine o seu pensamento – a recompensa é a sua vida.
(Este exercício tomará apenas 2 minutos. O seu sucesso pessoal vale 2 minutos por semana?)

E é por isso que esta semana vos conto a maravilhosa história:

O Homem que deixou de acreditar no Amor

Era uma vez um Homem que deixou de acreditar no amor.
Era um homem feliz, bem disposto, extraordinariamente inteligente e instruído. Elegante e bom comunicador, encantava as plateias com as suas dissertações sobre o porquê "deixar de acreditar no Amor". Pelo seu encanto e fundamento, chegava mesmo a mover algumas consciências a juntarem-se à sua "causa" de deixar de acreditar no Amor.

Certo dia, num fim de tarde quente de Verão, enquanto passeava pelo parque da cidade, encontrou uma linda mulher chorando num banco de jardim. A sua beleza e tristeza sensibilizou-o e ao aproximar-se questionou-a:
- O que a faz chorar?
- Choro porque deixei de acreditar no Amor…
- Interessante, o que a faz pensar isso?
- Sempre fui uma mulher dedicada ao meu lar e à minha família e descobri que o Homem que amava, me traía e que não é a pessoa que julgava. Por esse motivo, deixei de acreditar no Amor.
- Eu, igualmente, também deixei de acreditar no Amor…

A partir desse dia, as suas afinidades de opinião, a forma semelhante de olhar perante a vida fizeram com que se relacionassem com muita frequência. Passavam o tempo juntos. Jantavam, divertiam-se, saíam juntos. Criaram uma amizade muito especial. Todos à sua volta se divertiam sempre que eles estavam juntos. Agora eram um bem humorado, elegante e bom comunicador par, que deixou de acreditar no Amor. Encantavam plateias com as suas teorias…

Certo dia o Homem teve de se ausentar por duas semanas a trabalho. Na ausência da amiga sentiu inesperadamente a sua falta e uma vontade incrível de voltar para perto de mesma.
No seu regresso ocorreu-lhe que esta sensação que agora sentia era especial e que TALVEZ isto fosse o tal "AMOR". Um amor especial, sem o compromisso, sem a responsabilidade ou o cobrar que ele outrora conhecera. O seu paradigma havia mudado: "Talvez eu tenho voltado a creditar no Amor…"

Assim que chegou falou com a sua amiga, que com alívio lhe confessou…
- Eu achei o mesmo, acho que o que nós temos é verdadeiramente o Amor.
Os bons amigos, eram agora um casal apaixonado e viviam momentos maravilhosos de amor e partilha. Viviam os melhores momentos das sua vidas.

Certa noite, como que por magia, uma estrela vem directa do céu e acaba nas suas mãos. Ele, radiante, com toda aquela luz contagiante nas suas mãos, sentira um arrepio de felicidade que  percorreu todo o seu corpo e iluminou, como uma fonte intensa de luz, o seu apaixonado coração.
Sentira a felicidade plena!

O seu entusiasmo foi tal que correu a ter com a sua amada e num acto de profundo amor lhe diz:
- Estende as tuas mãos!  Em de seguida coloca-lhe nas mãos aquela mágica estrela cintilante.
A sua amada, repentinamente recua, abre as duas mãos e a bela estrela despedaça-se em mil pedaços no meio do chão.

Desde então, o Homem que deixou de acreditar no Amor não mais se viu e a sua bela amada, hoje já idosa, ainda chora o facto de ter perdido o verdadeiro Amor da sua Vida.

O erro foi tão somente o Homem ter colocado nas mão da sua amada uma responsabilidade que apenas dependia dele… a sua felicidade.

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