quarta-feira, 30 de março de 2011

Viva com Paixão - 30 Março 2011

Os homens são miseráveis, porque não sabem ver nem entender os bens que estão ao seu alcance." (Pitágoras)

A generalidade das pessoas passa mais tempo preocupado com o que não tem do que valorizando o que verdadeiramente possui.
Talvez por isso tanta gente perca tanto tempo da sua Vida preocupado com outras Vidas que não a sua. Um bom caminho para tirar prazer do bem mais precioso que temos nesta experiência terrena (a nossa Vida) será conhecer e apreciar o que verdadeiramente nos distingue... e Viver de acordo com essa Visão.

É por isso que hoje vos conto esta história
A Visão certa
Charlie Boswell  perdeu a visão na Segunda Guerra Mundial ao salvar um companheiro dum tanque em chamas. Era um grande atleta antes do acidente e, em testemunho do seu talento e determinação, resolveu tentar um novo desporto, que nunca havia praticado enquanto tinha visão... golfe!

Com muita persistência e um profundo amor pelo desporto, veio a ser Campeão Nacional de Golfe para Cegos! Recebeu o título 13 vezes.
Um dos seus ídolos era o grande golfista Ben Hogan, um dos maiores golfistas de todos os tempos.

Para Charlie foi uma verdadeira honra vencer o Prêmio Ben Hogan em 1958.
Quando foi apresentado a Ben Hogan, Charlie ficou deslumbrado e confessou o desejo de jogar uma partida com o grande campeão.
Hogan, por sua vez, sabendo das conquistas de Charlie, considerou o convite uma honra.

– Quer jogar a dinheiro? – perguntou Charlie.
– Não posso jogar a dinheiro consigo, não seria justo! – disse Hogan.
– Ah, o que é isso, Hogan. Mil dólares por buraco!
– Não posso. O que é que as pessoas diriam, a tirar vantagem da sua condição? – insistiu o campeão.
– Está com medo, Hogan?
– Tudo bem! – Hogan aceitou com relutância. – Mas vou jogar o melhor que sei! Muito bem, Charlie, escolha a hora e o lugar.
Confiante, Charlie respondeu:
– Hoje às dez horas... da noite!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Viva com Paixão - 23 Março 2011

Um momento de felicidade vale mais do que mil anos de celebridade."  Voltaire

Encontrarmos a nossa felicidade passa pela atenção pelos momentos simples que temos e por saborea-los com a paixão e intencidade como se fossem únicos.

É por isso possível que a felicidade não se alcance, talvez ela tão somente se revele.
A condição é estarmos despertos...

É por isso que hoje vos conto esta história
A hora da História
– Façam uma rodinha – disse a professora.
– É hora da história.
– O que vos faz sentir grande? Perguntou a professora.

– Um besouro! – berrou um jovem estudante.
– Uma formiga! – berrou outro.
- Um mosquito! – berrou um terceiro.

Tentando manter um pouco de ordem, a professora pediu que as crianças levantassem a mão para falar.
Apontando para uma menina, ela perguntou:
– O que te faz sentir grande?
– A minha Mãe – respondeu.
– Como é que a tua mãe te faz sentir grande? – instigou a professora.
– É assim... – disse a menina. – Ela abraça-me e diz: Eu adoro-te minha filha!

Aproveite para reflectir um pouo:
E a si, o que hoje lhe faz sentir grande?
O que hoje lhe faz sentir feliz?
Quanto tempo do seu dia de hoje escolhe atribuir a esses momentos e/ou pessoas?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Viva com Paixão - 16 Março 2011


"Aqui não há russos, nem ingleses, nem judeus ou cristãos. Há somente homens que perseguem a mesma meta: tornarem-se capazes de ser. " - Gurdjieff

Gurdgief foi um extraordinário filosofo Russo do inicio do século XX e que nos trouxe ao Ocidente grande ensinamentos sobre o Eneagrama, estudando profundamente conhecimentos milenares de diferentes povos e tradições.

Procuramos esconder através da nossa personalidade a generalidade das nossas fraquezas. A solução passa por estarmos, cada vez mais, ainda mais perto de nós e do que verdadeiramente somos. Ficarmos tão perto de nós o suficiente para concluirmos que na essência somos todos "iguais".

É por isso que hoje vos conto esta história

Em busca do Boi








Conta uma história da tradição budista que um monge entrou numa vila montado num boi, e os habitantes da vila perguntaram-lhe para onde se dirigia.

Ele então respondeu que andava em busca de um boi.
As pessoas entreolharam-se, intrigadas, e começaram-se a rir. O monge seguiu o seu caminho.
No dia seguinte, de novo montado num boi, o monge voltou à vila. E de novo as pessoas perguntaram-lhe o que procurava.
"Procuro um boi", foi novamente a resposta. Outra vez o monge seguiu o seu caminho, perante o riso de todos.

No terceiro dia o facto repetiu-se: "o que busca?" e o monge, montado no boi, disse ser um boi o que buscava.
Só que a piada já perdera a graça e as pessoas protestaram, dizendo: "olhe lá, você é um monge, supostamente uma pessoa santa, sábia, e mesmo assim você vem à procura de um boi quando, o tempo todo, é sobre um boi que está sentado!"
Ao que replicou o monge: "também assim é a procura pelo nossa essência."

terça-feira, 8 de março de 2011

Viva com Paixão - 9 Março 2011

Amar-nos...
realmente é a mais forte motivação para não cair na mais antiga tentaçã do ego...


É por isso que hoje vos conto esta história
 
O verdadeiro valor do ane
Venho até cá, mestre, porque me sinto tão tacanho que não tenho vontade de fazer nada. Dizem-me que não presto, que não faço nada bem, que sou lento e estúpido. Como posso melhorar? O que posso fazer para as pessoas me valorizarem mais?

O mestre sem olhar para ele disse:
- Lamento meu rapaz, não posso ajudar-te. Primeiro, tens de me resolver o meu próprio problema. Talvez depois, mais tranquilo, eu te possa ajudar.
- Com todo o prazer mestre – gaguejou o rapaz, ainda mais descrente, pensando – “nem o mestre torna as minhas necessidades prioritárias…”

- Bom, continuou o mestre tirando o anel que trazia no dedo mindinho da mão esquerda. Dando-o a rapaz acrescentou: Pega no cavalo que está lá fora e vai ao mercado. Tenho de vender este anel porque tenho de pagar uma dívida. Tens de o vender pelo maior valor possível e não aceites menos de 1 moeda de ouro.

O jovem pegou no anel e partiu. Logo que chegou ao mercado começou a oferecer o anel aos comerciantes, que o fitavam com interesse, até quando o jovem falava quanto queria por ele. Assim que ele falava na moeda de ouro alguns riam-se, outros viravam-lhe a cara e só um velhinho amável lhe explicou que 1 moeda de ouro era muito valor para trocar por um mero anel. No máximo oferecia-lhe, por bondade, 2 moedas de prata.

Depois de oferecer o anel a todas as pessoas que se cruzavam com ele no mercado o jovem regressou abatido pelo cansaço, montando o seu cavalo, completamente destroçado. Tudo o que ele mais desejava era uma moeda de ouro para que pudesse ajudar o seu mestre e receber finalmente o seu conselho e ajuda.

Entrou no quarto do sábio e disse:
- Mestre, lamento muito. Não é possível fazer o que me pedes. Talvez conseguisse 2 ou 3 moedas de prata, mas não creio que conseguisse enganar as pessoas quanto ao verdadeiro valor do anel.

O que dizes é muito importante jovem amigo – respondeu o mestre sorridente – Primeiro temos de conhecer o verdadeiro valor do anel. Torna a montar o teu cavalo e vai ao ourives. Diz-lhe que pretendes vender a jóia e pergunta-lhe quanto ele está disposto a oferecer. Mas não a vendas. Qualquer que seja o valor que ele ofereça, volta com o meu anel.

O jovem tornou a cavalgar.
O ourives inspeccionou a jóia à lupa, observou, pesou e respondeu ao rapaz:
Diz ao teu mestre, que, se a quiser vender agora mesmo, não posso oferecer mais que 58 moedas de ouro. Talvez se a quiser vender com mais tempo lhe ofereça 70 moedas mas se a venda é urgente…

- 58 MOEDAS DE OURO? – o jovem cavalgou emocionado a alta velocidade para casa do sábio para lhe contar a novidade.

- Senta-te, disse-lhe o sábio depois do ouvir –
Tu és como esse anel: uma jóia valiosa e única. E como tal só podes ser avaliado por um verdadeiro perito. Porque é que vives à espera que qualquer pessoa descubra o teu verdadeiro valor?

E dito isto voltou a pôr o anel no dedo mindinho da sua mão esquerda.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Viva com Paixão - 2 Março 2011

Na Vida... as coisas más não nos acontecem “a Nós” e sim “Para Nós”!

Por vezes acontecimentos desagradáveis, que pensamos "daria tudo para que não estivesse a acontecer", vêm a revelar-se chave para sermos pessoas ainda melhores no futuro.
Se olhássemos para cada acontecimento inesperado como um mero desvio do nosso percurso, talvez fosse mais fácil de apreciar a “viagem”… a Nossa grande Viagem e cada um dos seus intermédios percursos.

É por isso que hoje vos conto esta história
A Viagem do meu avião

Antes de cada descolagem, os pilotos examinam o plano do voo. Por isso, sabem exatamente por onde vão e iniciam os procedimentos em conformidade com esse plano.
Ainda assim, durante a viagem, o vento, a chuva, a turbulência, o tráfego aéreo, erros humanos e outros factores interferem no plano previsto, impulsionando ligeiramente a aeronave em direções diferentes, de tal modo que, na maior parte do tempo de voo o avião fica fora da rota inicialmente traçada. Condições climáticas adversas ou um tráfego aéreo especialmente congestionado podem causam desvios consideráveis. Se não acontecer nada de muito grave porém, o avião chegará ao seu destino.
E como isso é possível?
Durante o voo, os pilotos recebem constantes feedback’s. São comunicações dos instrumentos sobre o meio ambiente, informações das torres de controlo, de outras aeronaves e por vezes até das estrelas. E, com base nesses feedback’s, fazem os ajustes necessários para, de tempos em tempos, retornar ao plano de voo.
A esperança não jaz nos desvios, mas na visão, no plano e na habilidade de corrigir o curso.

terça-feira, 1 de março de 2011

Viva com Paixão - 23 Fevereiro 2011

"Para crescer... junte a compreensão do Oriente e o saber do Ocidente, e em seguida, busque."
Gurdgief


Gurdgief foi um extraordinário filosofo Russo do inicio do século XX e que nos trouxe ao Ocidente grande ensinamentos sobre o Eneagrama, estudando profundamento conhecimentos milenares de diferentes povos e tradições.


O nosso grande crescimento passa acima de tudo pela nossa auto-aceitação e pela compreensão dos que nos rodeiam.
Para isso somos forçados a desenvolver a arma... da flexibilidade.

É por isso que hoje vos conto esta história 

O Bambu


A suave brisa foi transformando-se num ligeiro vento. O mar que havia permanecido tranquilo levantou-se em enormes ondas. Então ventos fortes arrancaram as árvores rígidas, que foram submersas pela maré e condenadas a permanecerem no fundo do oceano.

O temporal devastou a ilha que outrora estivera coberta de palmeiras.
A desolação fez com que as aves emigrassem para terras distantes, onde construíram os seus novos ninhos.


Quando algumas árvores rígidas cresciam e chegavam a uma certa altura, a fúria dos ventos e a força das ondas, arrancavam-nas e destroçavam-nas.


O tempo trouxe à ilha uma nova semente, que ao brotar aprofundou a sua raiz, firmando-se fortemente na terra, em seguida o talo dirigiu-se à superfície, crescendo forte e flexível. Nem o vento nem a maré, por mais feroz que fossem, conseguiam arrancá-la.
Assim, uma nova semente fez com que a vida voltasse à ilha, a semente da flexibilidade.


Assim também é o conhecimento.